
O ato de decorar tem seu uso bastante restrito, porém pode ser utilizado sem problemas quando percebemos que as informações naquele instante guardadas na memória não serão úteis futuramente.
A informação decorada por meio da repetição freqüente será mantida na memória imediata, por esta razão ocorrem esquecimentos com o passar do tempo.
Quando um número de telefone é ouvido ou lido e repetido inúmeras vezes, há um registro imediato, mas qualquer interferência pode ser fonte causadora de um embaraço, troca de algarismos ou até mesmo total esquecimento.
O mesmo acontece quando se conhece alguém e o nome é repetido mentalmente algumas vezes; em curto prazo se saberá que a outra pessoa é conhecida, mas nem sempre o nome virá à memória. Isto ocorre porque na imagem do indivíduo houve a estimulação visual e no nome apenas o estímulo auditivo; já vimos que o poder de registro da memória visual é muito maior que o dos outros sentidos.
Quando há memorização efetiva, o trabalho aumenta, elevando assim o grau de confiança em trazer o que se pretende lembrar à mente. Sempre que ocorre o registro de um fato, há uma associação consciente ou inconsciente com conhecimentos ou experiências anteriores. Ao se ouvir ou ler um número e imediatamente relacionar este a um outro número ou elaborar alguns “malabarismos matemáticos”, como adição, subtração, multiplicação ou divisão entre os algarismos que o compõem, ou até mesmo associá-lo a datas ou anos representativos, traz bom resultado e estimula a retenção.
Quando memorizamos uma informação, a transferimos imediatamente para a memória intermediária ou até mesmo, dependendo da associação, para a memória de longa duração, como é o caso do mapa da Itália. O tempo que a princípio foi utilizado para memorizar algo, é totalmente compensado com a certeza de se ter os dados resgatados sempre que necessário, e a autoconfiança aumenta quando os elogios começam a surgir por parte de outras pessoas.
Fonte: ccseducacao.com.br